“Amanhã não tem ciências, né?... Que pena... mas a gente pode continuar a pesquisa na hora do recreio!”
Seria um comentário normal se não fosse feito pelo aluno hiperativo da turma!
Sabe aquele que todos acham um problema...? Uma pessoinha tão especial, mas que não consegue se enquadrar nessa rotina intelectual, passiva e bancária... Que precisa construir e destruir o tempo todo. E precisa ter sua liberdade respeitada, porque é único! A liberdade de ir e vir. Sentar e levantar quantas vezes forem necessárias. Se mexer, balançar, conversar, correr... Só assim as coisas lhe parecem fazer algum sentido.
Seguindo uma perspectiva Frenetiana, estamos desenvolvendo projetos de pesquisa de campo. Foi a solução para uma sala tão frenética! Cada grupo escolheu um tema (dentro das limitações impostas pelo currículo) e está desenvolvendo seu projeto de pesquisa. Muito bom! Que delícia vê-los felizes.
Por que é tão difícil nos livrarmos das amarras tradicionais? Por que oprimimos esses seres tão pequenos e cheios de graça?
Enquanto catavam lagartas num pezinho remanescente de couve, na horta falida, eu imaginava outros modos de se fazer escola... Quem sabe um dia possa ter um espaço de fato educativo, formativo. Que não deforme as vontades, que não aniquile a curiosidade e que promova o desenvolvimento de todas as maravilhas que o nosso cérebro é capaz de criar!